Livros Publicados em 2025

“A Última Mensagem de J.C.” é uma narrativa situada no tempo de Jesus que lança luz sobre alguns aspectos da vida na Palestina no Século I.

O colaboracionismo corrupto do rei Herodes, os procuradores fantoche impostos pelos romanos, a existência de numerosas seitas tanto religiosas como políticas, animam o cenário e tornam propícia a emergência de projectos apocalípticos, ao jeito da tradição milenar de Israel.
A promessa da vinda de um Messias libertador, portador da Mensagem de uma Nova Ordem que dominaria o mundo, exalta os espíritos, e essa Mensagem, que hoje encaramos como humanista e fraternal, assumiu então, por vezes, contornos de grande transformação social revolucionária, ligada ao que então se julgava o iminente colapso do mundo romano dominante.

É através do testemunho do centurião Caius Fabius, presente na Torre Antónia na altura da Paixão, que temos acesso aos momentos chave desta narrativa.

Tal como hoje sucede, a Palestina de então era um cadinho incandescente, onde fervilhavam incontroláveis paixões e sangrentas revoltas.

J.C. uma morte desejada por todos ou apenas por alguns.

Palavras pintadas ou palavras escritas, o que importa? tão só imagens calorosamente rasgadas, sons roucos _ loucos?

_de uma mulher a braços _abraços

consigo.

Eduarda Rodrigues

A poesia de Carlos Campos parte de si, para chamar e afastar, para chamar a intimidade e afastar a turba, para chamar a noite e afastar o dia, porque é assim que as emoções lhe arrepelam os sentidos, e lhe adensam o sentir poético.

(…)

Mas para mostrar a sua veia criativa, esse homenzinho de gravatinha que é o poeta, guardou ainda para o final a diabrura das palavras divertidas, no desvendar de uma criança de calções e joelhos rasgados, que o tempo agrilhoou debaixo de uma roupa de gente grande, mas que gosta de catar os bicos do cato, e atirar pedrinhas às janelas, e brincar com tesourinhas, palavrinhas de encantar cheias desses ésses, que sibilam, sorriem, sentem, semeiam. Desses ésses com que Carlossss Campossss escreve poemassss que se saboreiam e sabem bem. Tão bem!

do prefácio de JoãoMorgado

(…)Poeta de excelência e grande dinamizador desta nobre arte, assumindo a Presidência da Direção da Associação Portuguesa de Poetas, de 2015 a 2018, onde tem feito um trabalho notável, de visibilidade de âmbito internacional.

Aliado a esta vertente, o Carlos é um amante da vida da sua cidade, Lisboa e da localidade onde vive, há 47 anos e igualmente ama, a nossa Portela. O seu olhar atento traduziu-se amiúdes vezes na expressão dos seus quadros, curiosamente pintura Naíf, que tão bem retratam os locais e as circunstâncias da sua vida quotidiana. Esta faceta de artista e pintor é a outra face deste Sábio da Portela, designação dada aos alunos da Universidade Sénior da Portela “Portela Sábios” (…)

do prefácio de Ivo Álvares Furtado

(…) Dada a sua posição política, o relato do oficial progressista, Duran Clemente, e de alguns outros como ele (nem sequer necessariamente comunistas) é uma história de malditos. As suas crónicas fazem-se de palavras e memórias indesejáveis. (…) E é neste registo que interpreto as palavras do autor deste e de livros anteriores (como Crónicas de um Insubmisso, datado do ano passado), os quais mergulham diretamente na batalha pela memória histórica que, surdamente, se tem desenvolvido na sociedade portuguesa há mais de quatro décadas. Uma batalha não apenas pela redenção do passado, como também e acima de tudo pela edificação da consciência presente, porque o próprio de todo o labor sobre o ocorrido é influir no que ocorre (…).
Quero dizer que estou surpreso, escreveste um GRANDE livro, eu o adorei! Em nenhum momento eu vi a leitura que já havia feito nos teus outros textos, subiste não sei quantos degraus de uma só vez, GRANDE livro!

Devorei cada capítulo, me deparei com uma escrita suave, fluida e muito agradável.

Teu livro me fez rir em alto som, várias vezes, me fez ficar com os olhos rasos d’água e correr algumas lágrimas. Escreveste com tanta emoção e poesia que o efeito foi este...

Não falta nada, não passou nada da conta.

PARABÉNS minha amiga tão querida e talentosa. Fizeste de o caos nascer uma flor!!!

(…)

António MR Martins é um homem de bem com a vida, mas mostra que mantém um olhar critico ao mundo que o rodeia. Nestes poemas, ressoa a voz de alguém que, como tantos outros poetas, descobriu que a vida nem sempre corresponde aos sonhos, mas não se deixa silenciar. Pelo contrário, estes poemas são o testemunho de uma voz que, mesmo enfrentando a injustiça “feroz” do mundo, escolheu transformar o seu pesar em arte, o seu desencanto em poesia. São versos que não pretendem resolver, mas revelar, não procuram consolar, mas fazer compreender.

(…)

“Há uma margem desabitada no preâmbulo da angústia…”, que António MR Martins quer habitar, essa terra de ninguém entre a esperança e o desalento, entre a utopia e a “rude letargia” do real.

Que o leitor entre nestas páginas não à procura de lirismo e conforto para a alma, mas de verdade humana, de verdade social, essa que só a poesia nascida da dor, consegue revelar em toda a sua complexidade. Ainda assim, fica um almejo de esperança, quando escreve que sobra ainda “um sorriso pendente na varanda do desejo”…

do prefácio de Rui Pereira
Professora Conceição Ruiva, acabei de fazer a leitura do vosso livro. Fiquei encantado com a robustez das suas narrativas, que ora nos leva a sonhar, a sorrir e também a sofrer. Parabéns pela capacidade de nos fazer sonhar e acreditar que vale a pena viver.
do prefácio de João Morgado
Gabriel Giovali
(…) Manuel Duran Clemente transporta-nos neste livro para a memória das suas vivências do 25 de Abril de 1974, do período revolucionário e, sobretudo, do que para ele foi e significa o 25 de novembro de 1975. (…) Mas, mais do que isso, é uma reflexão sobre as disputas pela memória da ditadura e da revolução e sobre a democracia portuguesa e o “estado a que isto chegou” nos 50 anos da Revolução.(…) Para que a memória do 25 de Abril não se apague e possa ser transmitida às gerações vindouras é essencial que testemunhos como os deste livro apareçam e sejam publicados e divulgados. Porque convém sempre relembrar que a democracia portuguesa é filha da Revolução de Abril.
do posfácio de Ana Sofia Ferreira
Manoel Resende dos Santos